Comunicação Não Violenta
- Acadêmicos de Psicologia
- 9 de dez. de 2019
- 2 min de leitura

A Comunicação não violenta é um processo de comunicação criado pelo psicólogo norte americano Marshall Rosenberg a partir da década de 1960.
A comunicação não violenta traz uma transformação na forma de olharmos as pessoas e a nós mesmos para entendermos as situações de outro modo. Quer dizer que não se trata de uma nova comunicação, com palavras novas, como também não é uma maneira de falar baixo ou de forma mansa. Até porque podemos nos comunicar de maneira educada, calma e contida, e essa comunicação ser cheia de ironia e cinismo
Marshall Rosenberg desenvolveu então 4 passos para aprimorar a qualidade de nossas ações e proporcionar relações mais eficazes e empáticas.
Observação: Observar sem julgar
1. Observação: Observar sem julgar
Observar é olhar para a situação de uma forma neutra, com atenção, interesse, sem fazer julgamentos, guardando sua opinião para si ou para expressá-la de modo específico no momento e contexto apropriados. Cada pessoa possui o seu juízo de valor, acreditando no que considera ser melhor para a vida. Quando impomos o nosso juízo de valor a outras pessoas estamos exercendo um julgamento moralizador.
2. Sentimentos: Identificar sentimentos
Não é tarefa fácil desenvolver um vocabulário de sentimentos para nos expressar de forma clara e específica quanto às emoções sentidas em determinadas conversas. É fundamental aprender a identificar nossos sentimentos para saber como lidar com eles.
Nosso repertório de palavras para rotular os outros costuma ser maior do que o vocabulário para descrever claramente nossos estados emocionais”.
Marshall Rosenberg
3. Necessidades: Reconhecer e assumir os sentimentos
É saber reconhecer a necessidade que cada pessoa tem e que está escondida atrás de cada sentimento, de cada fala, de cada atitude tomada, para construir uma comunicação mais equilibrada e empática. Assim, quando as necessidades são identificadas, e cada pessoa se responsabiliza pelos seus sentimentos, consegue-se estabelecer uma conexão com si próprio e com os outros, conscientizando-se de que as atitudes e falas das pessoas podem estimular nossos sentimentos, mas não ser a causa deles. Somos nós que escolhemos a maneira como queremos receber o que as outras pessoas estão fazendo e falando sobre nós.
4. Pedido
Quando conseguimos expressar aquilo que observamos, sentimos e necessitamos, fazemos então um pedido de forma clara e objetiva com o desejo de satisfazer nossas necessidades.
É preciso pedir de forma genuína e demonstrando empatia, caso o pedido não consiga ser atendido. Isso faz com que o pedido não seja visto como uma exigência. Um pedido sem a necessidade expressa e sem o sentimento envolvido é visto pelo outro como uma exigência, punição e culpa, no caso de não serem realizados.

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