Empatia na Resolução de Conflitos
- Acadêmicos de Psicologia
- 9 de dez. de 2019
- 2 min de leitura

Nos dias atuais é nota-se que vivemos em uma sociedade que não consegue
mais dialogar e podemos dizer que esse é um sinal que as coisas não vão
bem. Quando perdemos a capacidade de dialogar os conflitos aumentam e
dificilmente iram se resolver. Significa também que estamos perdendo a
capacidade ouvir o que o outro está dizendo e sentindo.
Em uma sociedade que está polarizada, ideologizada, incapaz de conseguir
conversar sem que qualquer assunto ofenda e seja levado tomado para o lado
pessoal fica evidente que há necessidades urgentes como a empatia que é
essencial para nos relacionarmos e aprender a resolver conflitos. Por conta
disto há uma necessidade de espaços onde possamos nos comunicar e
expressar sem medo de sermos julgados, porém temos dificuldade de ouvir os
outros. Então temos por um lado uma necessidade enorme de falar e nos
comunicar, mas de outro lado temos uma grande dificuldade de ouvir, estamos
perdendo cada vez a capacidade de escuta.
Quando o assunto é empatia a capacidade de ouvir é essencial, ou seja, não
existe empatia sem que se ouça e mais do isso que se tenha interesse de
ouvir. A famosa frase empatia é colocar-se no lugar do outro é muito dita nos
dias de hoje, porém muito pouco compreendida de praticada. Colocar-se no
lugar do outro não com minha maneira de ver e interpretar a vida, mas sim
aberto a compreender o que a pessoa está sentindo e como ela está
vivenciando, para isso é necessário ouvi-la com interesse e atenção.
A capacidade de escuta pode ser desenvolvida e aprendida, e isso é uma boa
noticia, fica a reflexão de Rubens Alves no texto Escutatória: Ouçamos os
clamores dos famintos e dos despossuídos de humanidade que teimamos a
não ver nem ouvir. É tempo de renovar, se mais não fosse, a nós mesmos e
assim nos tornarmos seres humanos melhores, para o bem de cada um de
nós.
É chegado o momento, não temos mais o que esperar. Ouçamos o humano
que habita em cada um de nós e clama pela nossa humanidade, pela nossa
solidariedade, que teima em nos falar e nos fazer ver o outro que dá sentido e
é a razão do nosso existir, sem o qual não somos e jamais seremos humanos
na expressão da palavra.
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